A Associação Brasileira de PCHs e CGHs (Abrapch) encaminhou ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, um ofício apresentando propostas e contribuições para o Setor Elétrico Brasileiro, entre elas, a criação de um Programa Prioritário de Pequenas Hidrelétricas Ambientalmente Sustentáveis (PPPHS). Outra sugestão é a revisão do Plano Decenal.

Entre os pontos destacados no ofício, a Abrapch traz dados do relatório final de transição governamental e que contém, segundo a diretoria da associação, uma análise superficial do SEB, especialmente no que diz respeito ao aumento da contratação de 8.000 MW de energia térmica – mais caras e poluentes – e de apenas 2.000 MW de PCHs.

O documento aponta que abastecer o mercado interno de eletricidade com uma combinação de hidrelétricas, eólicas, solares, de térmicas limpas (biomassa, biogás, resíduos sólidos) e com apenas uma pequena quantidade de térmicas a gás natural flexíveis (no limite da necessidade para reforçar a segurança do abastecimento) – complementado pela necessária desativação das térmicas fósseis, caras e poluentes – seria uma solução muito mais vantajosa para atender a demanda, por um terço do custo final e com redução das emissões em mais de 90%.

De acordo com a presidente da Abrapch, Alessandra Torres de Carvalho, o plano poderia definir a correta e equilibrada divisão das fontes energéticas. A executiva afirma que é preciso indicar medidas necessárias para a viabilização de quantitativos para cada uma das fontes, precificando atributos e corrigindo distorções comerciais, fiscais e financeiras de cada uma.